quarta-feira, 28 de abril de 2010

Os cérebros dos psicopatas são diferentes dos cérebros das pessoas normais?



Nos últimos 20 anos, muitos estudos têm mostrado que assassinos e criminosos muito violentos têm evidências precoces de doença cerebral.
Por exemplo, num estudo feito por Pamela Y. Blake, Jonathan H. Pincus e Cary Buckner - Neurologic abnormalities in murderers, 20 de 31 assassinos confessos e sentenciados possuiam diagnósticos neurológicos específicos:

- mais de 64% dos criminosos foram diagnosticados com anormalidades no lobo frontal.

Muitos comportamentos associados às relações sociais são controlados pelo lobo frontal, que está localizado na parte mais anterior dos hemisférios cerebrais. Todos os primatas sociais desenvolveram bastante o cérebro frontal, e a espécie humana tem o maior desenvolvimento de todos.



Há muito tempo que os neurocientistas sabem que as lesões nos lobos frontais levam a anomalias graves em determinados comportamentos.

António e Hanna Damásio são dois notáveis neurologistas e pesquisadores da Universidade de Iowa que investigaram na última década as bases neurológicas da psicopatologia. Os Damásios concluíram em 1990, por exemplo, que indivíduos que se tinham submetido a lesões no córtex frontal (e que tinham personalidades normais antes da lesão) desenvolveram comportamentos sociais anormais, levando a consequências pessoais negativas. Entre outras coisas, estes indivíduos apresentavam as tomadas de decisões inadequadas e inabilidades de planeamento com as quais são conhecidas por serem processadas pelo lobo frontal do cérebro.

Os Damásio também reconstituíram neurológicamente o primeiro caso conhecido da alteração de personalidade devido a uma lesão frontal no cérebro, observado no século XIX – o caso de Phineas Gage.

Phineas Gage era um supervisor de obras ferroviárias que perdeu parte de seu cérebro devido a uma barra de ferro que atravessou o seu crânio quando uma carga explosiva rebentou acidentalmente. Ele sobreviveu por muitos anos ao extenso trauma, mas tornou-se uma pessoa inteiramente nova, abusiva e agressiva, irresponsável e mentirosa, incapaz de imaginar e planear – características completamente diferentes dos da sua formação base.




quinta-feira, 22 de abril de 2010

Enfermagem Forense


Esta área de intervenção dos enfermeiros é amplamente debatida pelos enfermeiros norte americanos, porém, ainda é pouco conhecida pelos enfermeiros portugueses.
A actuação da enfermagem forense, abrange diversas áreas, diversas instituições ( hospitais, gabinetes médico-legais, estabelecimentos prisionais, comunidade). Apresenta ainda um papel relevante na prevenção da violênicia.

Os enfermeiros desempenham um papel de destaque particularmente, pela sua actuação junto da vítima, como responsável pela realização de exames minuciosos e na preservação e recolha de vestígios. A actuação dos enfermeiros forenses facilita a proximidade com as vítimas e estabelece relações de confiança entre os intervenientes, facilitando a cooperação com o exame forense.
Enfermagem Forense em Portugal
Em Portugal a Enfermagem Forense ainda é pouco conhecida e com raras actuações como especialidade. Embora muitos enfermeiros trabalhem com vítimas de violência, não existem formações específicas e adequadas nesta área. A iniciativa de divulgar a Enfermagem Forense, tem sido desenvolivida pela Escola Superior de Enfermagem S. Francisco das Misericórdias que lançou a 1ª Pós Graduação em Enfermagem Forense.
Oobjectivo é treinar os enfermeiros, para a detecção de lesões físicas e psíquicas de violência, assim como ensinar os enfermeiros a preservar e a recolher vestígios com relevância médico-legal.





sexta-feira, 16 de abril de 2010

Um só cabelo pode permitir a identificação de vítimas de homicídio

Com a ajuda de simples amostras de água da torneira e restos de cabelos recolhidos nos cabeleireiros de todo o país, investigadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, conseguiram pôr em evidência diferentes químicos, suficientemente significativos para servir de marcadores geográficos.

O estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, revela que 85% das variações de isótopos de hidrogénio e oxigénio nos cabelos de uma pessoa se devem a diferentes composições da água potável.

Um só fio de cabelo pode, por exemplo, permitir determinar o lugar onde se encontrava uma pessoa há semanas, e mesmo anos, consoante o comprimento do cabelo e o tempo em que caiu.
A equipa de investigadores, elaborou um mapa com diferentes rácios de isótopos de hidrogénio e oxigénio presentes nos cabelos, que, apesar de não permitirem determinar com precisão lugares, possibilitam identificar diferentes áreas geográficas.

O mapa já permitiu, inclusive, reconstituir o itinerário de uma vítima de homicídio, não identificada, que foi encontrada, há oito anos, no Estado do Utah. Uma amostra dos seus cabelos revelou que a vítima, uma mulher, passou os últimos dois anos da sua vida entre os estados de Idaho, Montana e Wyoming e, possivelmente, Washington e Oregon. Opções de mensagens Etiquetas para esta mensagem:
por exemplo, motas, férias, Outono Mostrar tudo

A técnica poderá também ser utilizada pelos médicos para determinar os sintomas associados ao agravamento de doenças alimentares ou pelos antropólogos e arqueólogos que procuram reconstituir as migrações das populações ou animais desaparecidos, segundo os cientistas.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Crimes que chocaram o Mundo

O FILHO DE SAM, 1977

Nova Iorque parecia estar a passar um inferno no Verão de 1977. Já em crise fiscal, a cidade foi submetida a um apagão de 25 horas no dia 13 de Julho e o assassino conhecido como O Filho de Sam estava ainda à solta, depois de um ano, à espera de matar outra vez mandando mensagens perversas à policia local e ao colunista do New York Daily News Jimmy Breslin. Nas suas cartas ele falava de um Papa Sam, mestre da anarquia Satânica e bebedor de sangue.



No dia 31 de Julho voltou a atacar, matou uma jovem e cegou o namorado desta. Mas este foi o seu ultimo ataque, uma testemunha do crime afirmou ter viste um homem a tirar um bilhete de estacionamento de um Ford Galaxy. A policia investigou o depoimento e encontrou David Berkowitz, de 24 anos, um empregado dos correios. Anteriormente ele tinha sido treinado para sharpshooter do M16 no exército americano, e usou uma das suas armas (.44) em todos os seus homicídios, matando ao todo seis pessoas e ferindo outras sete.


Quem era Sam? Segundo David, Sam era um vizinho seu com mau temperamento, mas dizia ainda que o seu vizinho era o diabo e que ele transmitia as suas ordens pelos latidos incessantes e infernais do seu cão, Harvey.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

quarta-feira, 31 de março de 2010

Visita ao Visionarium

No dia 19 de Março partimos para Santa Maria da Feira para realizarmos a actividade do "overnight" no Visionarium. Quando chegamos a responsável pela marcação, Carla Barros, comunicou-nos que se tinha esquecido que nós íamos naquele dia realizar o "overnight", e por isso não nos avisou que o grupo com quem nos íriamos juntar para realizar a actividade tinha novamente desmarcado a actividade. Assim, não pudemos realizar o "overnight" naquele dia. Para remediar a situação, propuseram-nos a realização da actividade exclusivamente para nós as quatro, para sábado e domingo.
No Overnight, que teve início Sábado pelas 19h e terminou Domingo por volta das 12h30, o nosso grupo constituía uma equipa de Investigadores Forenses do Visionarium – FVI – que estavam encarregues de descortinar um homicídio. Feita a análise do local do crime e recolhidas as provas, fizemos algumas actividades laboratoriais - pesquisa de sangue oculto, análise balística, reconstituíção criminalística, análise de DNA, identificação de pólvora, revelação e recolha de impressões digitais, e odontologia forense - de forma a identificarmos um criminoso entre um grupo de suspeitos. Foi uma experiência muito gratificante, não só porque nos divertimos muito, como ficámos a conhecer melhor os processos que envolvem uma investigação criminal.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Conferência "LP - 50 anos de Ciência Forense"



No passado dia 12 de Março de 2010 recebemos na nossa escola a Dra. Natividade Silva, que nos falou sobre as áreas de trabalho desenvolvidas pelo laboratório de Polícia Ciéntífica.
1 - O Laboratório de Polícia Científica, designado abreviadamente por LPC, tem as seguintes competências:

a) Pesquisar, recolher, tratar, registar vestígios e realizar perícias nos diversos domínios das ciências forenses, nomeadamente da balística, biologia, documentos, escrita manual, física, lofoscopia, química e toxicologia;
b) Implementar novos tipos de perícia e desenvolver as existentes;
c) Divulgar a informação técnico-científica que se revele pertinente perante novos cenários de criminalidade;
d) Emitir pareceres e prestar assessoria técnico-científica no domínio das suas competências em ciências forenses;
e) Implementar um sistema de gestão para a qualidade e para as actividades administrativas e técnicas;
f) Assegurar a participação técnica e científica da PJ, em matéria de ciências forenses, nas diferentes instâncias nacionais, comunitárias e internacionais.

2 - O LPC goza de autonomia técnica e científica.

3 - A competência do LPC é cumulativa com a dos serviços médico -legais.

4 - O LPC pode recorrer à colaboração de outros estabelecimentos, laboratórios ou serviços oficiais de especialidade, assim como colaborar com qualquer entidade ou serviço oficial, sem prejuízo do serviço da PJ e demais órgãos de polícia criminal a que deve apoio.

5 - O LPC pode dispor, na dependência técnica e científica do seu director, de unidades flexíveis junto das unidades territoriais, nos termos previstos no n.º 2 do artigo 2.º

6 - A existência, número e localização das delegações referidas no número anterior é definida em despacho do membro do Governo responsável pela área da justiça.